10 programas imperdíveis em Salvador

Salvador é um destino encantador, cheio de história, com ótima gastronomia e um astral incrível, típico dos baianos. Entretanto, como é cercada por diversos destinos naturais muito procurados como a Chapada Diamantina, Praia do Forte, Morro de São Paulo e Boipeba, a cidade acaba servindo de ponto de partida para quem vai explorá-los. Muita gente também conhece Salvador como parada de cruzeiros que param na cidade. Com isso, fica difícil escolher o que visitar em visitas mais curtas.

Selecionamos 10 atrações imperdíveis para ajudar a programar a sua visita pela capital baiana.

Elevador Lacerda

Ao pensar em Salvador uma das primeiras imagens que vem à cabeça é a do Elevador Lacerda. É impossível passear pelo centro histórico da cidade e não parar para conhecer essa atração. Vale dizer que o elevador não é panorâmico e a sensação de andar nele é a mesma de andar em qualquer elevador, então a maior graça do passeio é realmente vê-lo de fora. Para quem pretende visitar a Cidade Baixa e o Mercado Modelo pode ser útil ir por ele para quem está visitando o Pelourinho.

Uma curiosidade é que o Elevador Lacerda foi o primeiro elevador urbano do mundo e quando foi construído também era o mais alto.

Farol da Barra

Se a primeira imagem que vem a cabeça quando pensamos em Salvador é a do Elevador Lacerda, certamente a segunda é a do Farol da Barra. Esse ponto emblemático da cidade é sempre lembrado na época do Carnaval, pois ele é o ponto de partida dos trios elétricos que percorrem o circuito Barra-Ondina.

O farol construído no século 17 está instalado no Forte de Santo Antônio da Barra, que protegia a Baía de Todos os Santos de embarcações invasoras. Dentro do forte também está instalado o Museu Náutico da Bahia. O museu abriga um acervo de achados arqueológicos submarinos e uma grande coleção de instrumentos de navegação e sinalização náutica. É bem interessante para quem se interessa pelo assunto. O museu funciona de terça a domingo das 9h às 18h.

Através do museu é possível subir as escadas (cerca de 100 degraus em espiral) do farol para acessar o seu topo onde está a lâmpada e uma pequena varanda com uma bela vista sobre a Praia do Farol da Barra.

Largo no Pelourinho

O Largo do Pelourinho é muito marcante da história escravocrata da Bahia e do Brasil. O largo é oficialmente chamado de Praça José de Alencar e foi ali que muitos escravos foram sacrificados publicamente sob muita tortura. Atualmente, concentra ao seu redor muitas lojas, restaurantes pequenas galerias e museus. Quase no fim da ladeira do largo está a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Nessa igreja, onde todos os santos expostos são negros, acontece às terças à noite e domingo pela manhã a “missa inculturada”, que mescla a celebração católica com ritmos dos atabaques e tambores do candomblé. Um grande exemplo de sincretismo religioso, bem característico da Bahia.

Prepara-se para o assédio de vendedores ambulantes e baianas vestidas a caráter oferecendo para sair nas fotos e, obviamente, esperando que você pague por isso.

Igreja e Convento de São Francisco

Diz o folclore que Salvador tem uma igreja para cada dia do ano, mas na realidade o número já superou os 365 há algum tempo, segundo a arquidiocese da cidade. Uma igreja que não pode faltar no seu roteiro pela capital baiana é a Igreja e Convento de São Francisco, localizada no Pelourinho. A beleza da igreja impressiona pela quantidade de ouro e riqueza de detalhes da arte barroca. Não deixe de visitar o claustro do convento que possui o maior acervo de azulejos portugueses em terras brasileiras.

Igreja de Nosso Senhor do Bonfim

Outra igreja que não pode faltar no seu roteiro por Salvador é a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, localizada no bairro Bonfim, ou como é conhecido na cidade, na Colina Sagrada. Ela não é famosa por sua beleza – apesar de ser um belo exemplar dos estilos neoclássicos e rococó. Sua fama vem, principalmente, da festa que acontece toda segunda quinta-feira de janeiro nas suas escadarias, a Lavagem do Bonfim e, também, das pulseirinhas coloridas que são um símbolo baiano, as fitinhas do Bonfim.

A Lavagem do Bonfim é outro exemplo de sincretismo religioso na Bahia, pois nessa festa, baianas vestidas a caráter lavam as escadas da igreja com água-de-cheiro e jogam pipoca nos visitantes, tradições típicas das religiões afro-brasileiras em um local católico. Na saída da igreja há assédio de vários vendedores oferecendo as fitinhas. O local mais barato para compra-las, entretanto, são em lojinhas especializadas em produtos religiosos que ficam numa pequena praça do lado esquerdo da igreja.

Museu da Misericórdia

O Museu da Misericórdia está instalado, desde 2006, no prédio onde funcionou a Santa Casa de Misericórdia de Salvador, que foi a primeira unidade de saúde do estado. Encontramos o museu despretensiosamente durante o passeio pelo Pelourinho e foi uma grata surpresa. Com certeza é o museu mais bem conservado que visitamos no centro histórico. A melhor parte é que todas as visitas são guiadas e conhecendo a história de cada sala é muito mais fácil compreender a importância que o local teve no passado para os baianos e, também, para a história do Brasil. O tour é bem interessante e vale muito a visita! Como bônus, ainda é possível apreciar pelas vistas sobre a Baía de Todos os Santos a partir do museu.

Tomar um sorvete tradicional

Duas sorveterias tradicionais disputam o posto de melhor sorvete de Salvador. Quem sai ganhando é o visitante que tem a oportunidade de provar os dois e opinar. Ao lado do Elevador Lacerda, na parte alta da cidade está uma filial da sorveteria A Cubana. O sorvete é realmente uma delícia. Experimente provar sabores regionais.

Se tiver oportunidade, encaixe uma visita a Sorveteria da Ribeira na sua matriz no bairro da Ribeira, a cerca de 10 minutos de carro da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim. Se não der tempo, é possível provar o sorvete no quiosque da sorveteria no Aeroporto de Salvador.

Explorar a história de Jorge Amado

Dois lugares em Salvador têm grande importância na histórica de vida do famoso autor baiano Jorge Amado: a Fundação Casa de Jorge Amado, localizada no Largo do Pelourinho, e a Casa do Rio Vermelho, que fica no bairro homônimo. Na primeira está um acervo com muitos objetos pessoais do autor e um café chamado Zélia Gattai, em homenagem a esposa de Jorge Amado e, também fotógrafa e autora renomada. Há muitas fotos e referências a trajetória dos autores por todo o casarão. É uma visita rápida, mas que vale a pena.

Já a Casa do Rio Vermelho é onde Zélia e Jorge Amado moraram por 40 anos e que foi aberta à visitação em 2017. A estrutura original da casa foi mantida, mas alguns cômodos receberam interferências áudio visuais para retratar a história do casal. Uma parte interessante da visita para quem adora viajar é que há um quarto onde estão expostos souvenires dos 110 países que o casal visitou. Uma curiosidade é que foi no jardim da casa as cinzas de Zélia e Jorge foram jogadas. Aproveite para emendar a visita com um passeio pelo Rio Vermelho e comer um acarajé da famosa baiana Dinha.

Assistir ao pôr do sol

O pôr do sol em Salvador com vista para a Baía de Todos os Santos é imperdível. Se organize para sempre aproveitar essa hora do dia em algum lugar que você possa apreciar a vista. Algumas sugestões: na praia do Porto da Barra, no gramado ao lado do Farol da Barra, ou no MAMMuseu de Arte Moderna. Se preferir um ambiente onde possa aproveitar o pôr do sol tomando um drinque ou comendo bem, outras opções são o rooftop do Hotel Fera Palace e as varandas do AcquaCafé e do restaurante Egeu, que ficam na Ladeira da Barra.

Provar a culinária baiana

Não dá para sair de Salvador sem se aventurar pelos pratos da culinária baiana. Para provar o acarajé escolha entre (ou prove os dois) o Acarajé da Cira ou da Dinha, ambas têm barracas no Rio Vermelho. Para comer moqueca as sugestões são o restaurante Donana, que fica fora do eixo turístico, no bairro de Brotas, e o restaurante Yemanjá, na orla da Praia do Jardim de Alah.

No Largo do Pelourinho fica o Restaurante-escola do Senac Pelourinho. Ele está ao lado do Museu da Gastronomia, que é pequeno, mas organizado e bem informativo sobre a culinária baiana. No restaurante há um grande buffet com pratos da gastronomia baiana, desde os mais tradicionais até os menos famosos e é uma excelente oportunidade de conhecer um pouco mais desse importante legado da Bahia. Notar que no térreo do restaurante funciona um buffet a quilo que é diferente do buffet livre de comidas típicas. Peça ao garçom para indicar o caminho até o salão correto.

Bom passeio!

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