O champanhe é uma bebida apreciada no mundo inteiro, mas a produção dessa iguaria acontece em uma região bem específica no nordeste da França. Adoramos conhecer de perto este lugar que tem um solo valiosíssimo e ficamos encantados com as experiências que tivemos na Champagne.
Poderíamos falar de 100 motivos pelos quais essa região merece ser visitada, mas tentamos resumir os 10 mais importantes, que com certeza vão te fazer morrer de vontade ir correndo comprar uma passagem aérea!
1) É pertinho de Paris
Em 45 minutos de trem ou 1 hora e meia de carro você chega a Reims, uma das principais cidades da região. Nós recomendamos alugar um carro. É importante saber que as autoestradas francesas são pedagiadas. Para quem tem mais tempo e quer gastar menos, é possível ir por estradas menores, que são sempre mais interessantes e não têm pedágio. Para isso basta acionar a opção evitar pedágios no seu GPS. Quem quiser ir de trem vai sempre encontrar muitas opções de horários diariamente.
2) O champanhe só existe lá
Vários países produzem vinhos espumantes como a cava espanhola ou o lambrusco italiano, mas champanhe mesmo, com todas as características dessa bebida, só existe na França. Isso porque o champanhe é um AOC (Apelação de Origem Controlada), o que quer dizer que para ter esse nome, ele tem que ser produzido em um determinado “terroir” (que é um conceito francês que envolve várias características, como o tipo de solo, clima, relevo e vegetação).
3) Há muito mais opções de champanhe do que conhecemos
No Brasil e nos freeshops temos excelentes marcas de champanhe, mas quando você chega a região percebe que existem milhares de outros produtores que não chegam nos grandes mercados internacionais. São mais de 15 mil produtores. Visitar a região é também a chance de descobrir essas pérolas. Nós visitamos dois pequenos produtores: Jean-Claude Lepitre, um produtor bastante artesanal localizado nas proximidades de Reims, e Damien Hugo, que tem uma estrutura mais industrial e fica próximo a Épernay.
4) A paisagem dos campos de vinhas é lindíssima
Obviamente a região está cheia de vinhedos que vão produzir as uvas que vão ser usadas nos champanhes. São três tipos de uvas diferentes que podem ser usadas: Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. A paisagem muda muito ao longo do ano. A colheita se faz geralmente em setembro, então logo antes disso as vinhas estão bem verdes e grandes e depois o processo recomeça.
5) As caves subterrâneas são absolutamente impressionantes
Calcula-se que existem 250 quilômetros de caves subterrâneas entre Reims e Épernay, duas das principais cidades da região. Os franceses brincam dizendo que a região é um queijo gruyère, pela quantidade de buracos que tem no solo. As caves mais antigas são da época galo-romana (por volta do século IV) e as mais recentes datam da idade média (séculos XII e XIII). Esse ambiente com pouca luz e temperaturas amenas é o ideal para a conservação do champanhe.
6) As opções de passeio são muito variadas
É possível escolher várias formas diferentes de passear pela região. Há passeios de bicicleta, de carro retrô, de barco, de ônibus de turismo, entre outros. Você pode escolher a opção que mais se adequar à sua viagem. Crianças e idosos podem aproveitar tranquilamente passeios adaptados a eles.
7) A região vai muito além do champanhe
Claro que a principal razão para visitar a região é o champanhe, mas entre uma degustação e outra dá para descobrir muitos outros atrativos. Reims, por exemplo, tem uma das catedrais góticas mais importantes da França, onde muitos reis foram coroados. Além disso, outros aspectos da vida camponesa francesa também podem ser apreciados, como a produção de queijos e vinhos.
8) É uma boa oportunidade para aprender sobre vinho e aprimorar o paladar
O processo de produção do champanhe é diferente do vinho, mas tem similaridades. Na verdade, a principal diferença é que o champanhe passa por duas fermentações enquanto o vinho só passa por uma. Isso quer dizer que, antes de ganhar suas bolinhas na segunda fermentação, o champanhe é um vinho. Entender todo esse processo e fazer degustações faz a gente apreciar mais a bebida e começar a conseguir identificar gostos bem específicos. É muito interessante!
9) É uma região muito conhecida, mas dá para fugir do turismo de massa
Muita gente que viaja a Paris visita a região de Champagne em passeios de bate e volta, que geralmente envolvem uma visita a uma das grandes casas de champanhe. Dessa forma é mais difícil ter uma experiência personalizada. Se quiser conhecer mesmo a região, vale a pena se hospedar pelo menos uma noite por lá para ter tempo de conhecer produtores menores e fazer passeios mais independentes. Assim você terá a oportunidade de estar quase a sós com um produtor que vai ter o maior prazer de te explicar cada etapa do processo e ainda vai querer te fazer degustar toda a cave dele!
10) A região tem ótimos hotéis e restaurantes
Para aproveitar esse passeio com todo conforto, nada melhor do que uma boa hospedagem e comida de qualidade. Em Champagne é possível encontrar desde excelentes hotéis 5 estrelas, alguns com chancela Relais & Châteaux, até os Chambres d’Hôtes, espécie de pousada francesa. Em termos gastronômicos, apesar da região de Champagne não ter uma culinária muito específica, alguns grandes chefs estão no comando de restaurantes por lá. Alguns pequenos bistrôs também servem comida de ótima qualidade a preços justos.
Boa viagem!